Ontem vi o sol nascer em Nagarkot, uma aldeia a 32 km de Catmandu, com em torno de 5000 habitantes e 973 residências. Começamos a viagem por volta de cinco horas da manhã e era noite ainda. Embora fosse perto a previsão era de uma hora para alcançar o “posicionamento” que seria alto o suficiente para permitir desfrutar da vista das montanhas. Ao subir pela estrada de chão super estreita e sinuosa (um carro de cada vez..rs. ) entendi melhor a previsão. O motorista habituado ao local acionava a buzina nas curvas perigosas como forma de aviso para quem viesse do lado de lá…. (vixe). Esta viagem me colocou mais perto ainda da vida desse país. Confesso que preciso “processar” um pouco mais minha leitura pra escrever sobre isso. Não quero que meus preconceitos e crenças afetem muito essa minha análise. De alguma forma eu sei que estarão impressos pois vemos com os olhos do que temos dentro de nós. .

No alto daquele lugar, com um frio intenso e uma indesejada cerração, tive o privilégio de contemplar o sol nascer atrás das suntuosas montanhas como nunca havia visto antes. A natureza fazendo seu belíssimo espetáculo. Eu fiquei feliz e grata por ter conseguido um celular mais equipado quando passei pelo Qatar pois foi com ele que pude registrar esta linha dourada do horizonte. (Deixei de carregar minha adorável câmera por conta do peso e esforço físico requerido). Ao viver isso lembrei de uma frase que encontrei outro dia, do poeta italiano Cesare Pavese: “Não nos lembramos de dias, nos lembramos de momentos.” Este com certeza me lembrarei sempre – “momento dourado”.

Meu corpo hoje acordou pedindo descanso: mais quietude, mais leitura, mais escrita e mais calma, e vou respeitá-lo. Não tenho pressa e definitivamente não estou correndo pra alcançar nenhum prémio. (rs) Nepal é um lugar árido e de muito pó pelo ar. Ao caminhar pelas ruas sinto a sequidão pelas vias aéreas e meus olhos por vezes ardem. Tenho receio ou medo mesmo (rs) de adoecer. Se isto vir a acontecer posso ficar insegura por estar longe do meu contexto e sozinha. Associo esta preocupação à crise do vírus “Covid-19” cuja origem está bem concentrada na Ásia onde estou. Após várias análises e ponderações, inclusive dos filhos e familiares, decidi permanecer no caminho proposto. Acompanho diariamente os movimentos de expansão do vírus pelos países, como sei que preciso me cuidar pra não reduzir minha imunidade. Não tenho mais o vigor dos vinte anos e nesta experiência um dos requerimentos é seguir o meu próprio ritmo.
Ao descanso…
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