Se me perguntassem há quinze anos atrás eu diria que não. Ouviriam um NÃO bem redondo. Não mesmo. Meus estilos musicais tendiam para um outro lugar. Cada um com suas preferências em vários aspectos da vida, não é?
Ao optar por determinada logística em parte das minhas andanças (grounding around the world) eu já previa algumas das situações prováveis que viveria. Parte delas do meu agrado, outras não. Assim como como tudo na vida. Nem sempre estamos e somos aderentes aos processos e estilos ao nosso redor.

Daí a importância de se auto reconhecer. Pensar nas suas escolhas. Por vezes dizer não e outras e não menos importantes dizer SIM e adaptar-se ao contexto. Até porque senão a vida ficaria muito chata. Se tudo que não for da sua natureza irritar você, ou tirar o seu humor… Você viverá muito mal e não aproveitará milhares de detalhes e sutilezas existentes em todos lugares.
“O maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma.”
Clarice Lispector
Há mais de uma década acompanhando uma amiga querida em algumas andanças em países do leste europeu fui assistir com ela uma ópera. Ela adora. Mesmo não sendo uma escolha particular minha na ocasião, eu era “companheira”. Assim compartilhávamos programas de interesses coletivos. Busquei compreender melhor o estilo musical, as interpretações e as grandes peças. Assisti a várias. As adaptações à essa circunstância me ensinaram a gostar do estilo. Hoje, elas fazem parte das minhas escolhas.
A vida de relações tem essa prerrogativa: a de nos tornar pessoas melhores. As pessoas da nossa convivência produzem em nós, novas opções, preferências e gostos. Nos ensinam. Somos mais porque as temos conosco.

O caminho de adaptação a situações diferentes e não necessariamente nossas preferências continua sendo uma bela oportunidade de desenvolvimento e aprendizagem. Desde que haja, interesse, predisposição, obviamente.
Então, assista ópera.
Até..
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