Em determinado momento pensei que ela fosse desabar, desmanchar-se em prantos. Embora estivesse na “tpm” e mencionasse a sensibilidade aflorada, segurou o desconforto de forma valente. Sim, me pareceu engolir em seco algumas vezes, sinal de que todo aquele mergulho interno promovia repercussões internas, as mais diversas.
E, afinal, esse era o objetivo. Um grupo de amigas e amigas das amigas, realizando uma mentoria coletiva. Esta é uma prática valiosa ao desenvolvimento humano e de negócios., mas há que se registrar a potencial turbulência, principalmente àquelas pessoas que estão verdadeirametne abertas e se deixam perscrutar.
Ahhhh!!! Processo belíssimo! De ver brotar insights, dificuldades, oportunidades e o melhor, perspectivas!!
Estivemos juntas, ao longo de ininterruptas três horas e meia. Um tempo que parecia passar difernte daquele do relógio. Penso que pelo prazer da colaboração e das interações de toda ordem. Um verdadeiro pout-pourri de elementos entrelaçados: visões, sentimentos, percepções, e pensamentos críticos. Tudo junto e misturado com muito afeto e respeito humano.
O valor de experiências coletivas nesse nível, com conexões genuínas e verdadeiras é inexprimível. A gente fica muito melhor a partir do olhar do outro. Sozinho, não há “jogo”.

“Há tantas coisas que não sabemos que não sabemos, que ignoramos a respeito de nós mesmos, coisas que fazemos automaticamente, como se seguíssemos determinado programa executado em nossas mentes. Coisas em nós mesmos que requerem olhar para o outro para nos vermos de verdade, e o que a gente acaba descobrindo na imagem refletida pode ser muito bom ou muito difícil, mas acho que o resultado compensa.”
Cavalcanti, Sérgio. Sorte na vida . Editora Morena. Edição do Kindle.