Na época da construção de Brasília, meu pai, então empresário junto com sua família, do setor de “serralheria”, atuou forte e pessoalmente em alguns projetos dessa grande empreitada brasileira – a construção da capital.
Ainda criança na época, pude acompanhar alguns de seus notáveis movimentos. Ele levava seus colaboradores para essa cidade, em várias missões: instalavam portões, peças de ferro no enorme campo de obras.
O aeroporto de Brasília, onde estou agora, era citado por ele, pela grandiosidade para aquele tempo. Em uma de suas histórias relatava as brincadeiras saudáveis que fazia com os colaboradores. Numa delas fazia menção ao “Abre-te Sésamo” quando paravam diante das portas automáticas, que se abriam pela pressão do peso do corpo nos tapetes. Mas do grupo, só ele sabia.. E dizia “Abre-te Sésamo”, e a porta se abria…kkkk
Essa passagem rápida por esse lugar me acordou essa e outras, as memórias da convivência dele com o então conhecido Juscelino Kubitschek, nas serestas que aconteciam nesse cenário de um Brasil progressista. Desse momento, restaram as fitas cassetes com as vozes daqueles homens cantarolando enquanto exerciam seus ofícios, escrevendo suas histórias. Cada um do seu jeito, do seu modo, com sua parcela de contribuição.
Eis Brasília.
E você? Como tem escrito sua história?